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Wednesday, November 08, 2006

Se a bruxa está solta lá no Iraque na minha vida não. Por aqui ta tudo indo na santa paz do Senhor.
Se por lá o barulho dos tiros são contidos pelo toque de recolher dos americanos, aqui meu Tio Alfredo continua se permitindo uns traques quando assiste televisão.
Mas bruxas não saem mais por ai a solta, montadas em vassouras.
Hoje pairam pela Web tocando a alma de gente que pensa que já viu de tudo.
E hoje no "Consultório Sentimental" fui tocado por uma que me falou de biodança, um tipo de encontro entre pessoas supervisionada por um "orientador" que vai falando um monte de coisas, começando pela maneira como você anda.
Será que dá certo?
Já pensou o meu amigo participando de um encontro desses... Não ia dar pé!
Lembrei do tempo em que fazia teatro e não conseguia dar nem um aperto de mão. Aquele bando de mulheres gostosas tirando a roupa de um lado pro outro me deixava alucinado. Naquele tempo fazia terapia de grupo com um monte de reprimidos que nem eu, doidos pra se liberar através da gestalt.
Era a forma mais fácil de se comer uma mulher.
Além da busca pelo encontro sempre exercitei a sensibilidade, o toque através de técnicas "zen".
E por isso mesmo me considerava bem mais adiantado que meus companheiros de grupo. Meus problemas eram da alma e não do sentir, tocar.
Sempre tive dificuldade de entender as pessoas que não conseguiam liberar a pele, o olhar e por essa razão sempre fui considerado um tarado.
Quando metia a mão já sabia o que estava sentindo e a comunicação com os meus neurônios se dava instântaneamente.
Lembro da vez que freqüentei um "work-shop" ministrado por um bam-bam-bam argentino, um desses magos que aparecem para ensinar alguma coisa sabida por todo mundo, mas que vão até ali pela proposta de sedução de alguém que frequentou.
Me apareceu uma moça de fala mansa, delicada, com ar de intelectual para a qual fui designado pelo mestre para formar o par.
Os exercícios eram um que de suruba coletiva misturado com incensos e sussurros e iam transcorrendo na maior velocidade.
Até que chegou hora do "aprofundamento", do "conhecimento a dois".
Não sei o que aconteceu nem onde toquei mas sei que a senhorita deu um pulo tão alto misturado com um gemido que mais parecia um grito de prazer.
Fiquei impressionado com aquela reação e fiz questão de conhecer a criatura em sua casa, num novo encontro para tirar a dúvida do problema, se era dela ou meu.
O que vivi foi inacreditável.
A cada toque, a cada contato ela não se continha e se punha num gestual que mais parecia uma dançarina da dança do ventre. Não seria exagero dizer que a mulher mais parecia uma mistura de cobra com perereca tal o contorsionismo que ela fazia na cama.
Fizemos várias sessões e aprendi pouco com ela.
Mas prometi que nunca mais me meteria em grupos de contato coletivo para não viver por ai com uma bruxa pendurada no cabo da minha vassoura.

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